30 de abr. de 2010

LARP, o "Live Action"


Quando falamos em RPG, logo associamos a imagem de um grupo de pessoas vestidas como personagens de "Harry Potter", gesticulando e gritando como se fossem atores de uma peça de teatro baseada neste ou em outros filmes.
De fato, esta interpretação não está errada, porém RPG não se resume apenas nela. Este é somente um dos sistemas dentro do RPG, denominado "LARP - Live Action", do inglês "Ação ao Vivo".
Diversos filmes apresentaram esta vertente do RPG, e por poucos conhecerem bem o jogo logo o associam apenas ao Live Action.
No LARP o cenário narrado não é apenas imaginário, um espaço é utilizado como parte do jogo, como um cenário.
Por ser uma grande interpretação, podemos afirmar que o Live Action é o RPG que mais se aproxima de uma peça de teatro. Porém, diferente do teatro, no Live Action não há um roteiro ou script pré-definido.

O mestre no Role Playing Game

No RPG o mestre é uma peça chave para a condução do jogo, é ele quem tem obrigação de conhecer todas as regras de uma aventura, pois tem o poder de intervir diretamente nela.
Quando falamos em aventura, estamos nos referindo a uma partida de Role Playing Game e o mestre além de narrador dela é capaz de fazer intervenções que mudem o seu desfecho.
Outro fator importante no papel que exerce o mestre é interpretar personagens secundários, como um coadjuvante ou um antagonista, por exemplo. O mestre pode criar outros papéis e também ser o vilão da história e assim ter o poder de dificultar o jogo dos demais personagens, como uma espécie de obstáculo.
O mestre é o narrador e responsável por produzir e conduzir a narrativa e é também conhecido como Game Master (GM) ou Dungeon Master:

“Conhecedor das regras do jogo e da ficção, cuja estrutura baseia-se nos contos maravilhosos, na circulação de objetos de valor e na formação do sujeito na narrativa, apropria-se de um sem número de temas como corpus para a sua construção ficcional”

De fato, sem um mestre não há como jogar uma partida de RPG, o mesmo ocorreria se existisse em um jogo a figura de um mestre sem os jogadores.

28 de abr. de 2010

Os elementos imaginários presentes no personagem

No RPG, interpretar um personagem é mais do que apenas representar. Nele estarão expressos desejos, fraquezas, virtudes e outros elementos que serão levados em conta às ações bem ou mal sucedidas no decorrer do jogo.

Os elementos imaginários são baseados em fragmentos da realidade unidos com o que o ser humano deseja ser. A criação de um personagem ou a interpretação teatral são grandes exemplos desse mundo imaginário que está presente em cada um de nós.
 
A 1ª tese de doutorado no Brasil, de Sonia Rodrigeus, sobre RPG e educação foi transformada em livro mostra que:
“Engana-se quem pensa que a arte da ficção nos coloca frente ao desconhecido. A ficção nos leva a re-conhecer, a compreender o que já sabíamos, ou pelo menos, teríamos condições de saber.” (pag. 41)
Assim, tudo que interpretamos está relacionado com a nossa realidade. Ou até mesmo com o que gostaríamos que fosse nossa realidade.

27 de abr. de 2010

Encontros RPG&Educação

Além de encontros que têm como finalidade a diversão, existem também eventos com objetivo de promover o RPG e outras atividades lúdicas como ferramentas pedagógicas. Esses eventos são marcados por discussões, palestras e oficinas que contam com a participação de professores, educadores, jogadores e pais de alunos.

A associação "Ludus Culturalis" é uma das maiores responsáveis pela organização de eventos sobre RPG com teor pedagógico. Entre as suas maiores realizações estão os I, II, III e IV Simpósios RPG; Educação - que reuniu mais de 2 mil pessoas; I e II Colóquios Curitiba RPG Educação; Projeto RPG nos CÈUS - apoiado pela prefeitura da cidade de São Paulo, o projeto atuou em 21 unidades do CEU (Centro Educacional Unificado); Dia D RPG - com a participação de mais de 7500 pessoas em todo país, entre outros.

Apesar da importância da "Ludus" para os rpgistas, associação encerrou suas atividades em 2009 por problemas entre seus organizadores.

26 de abr. de 2010

A desmistificação do RPG

Apesar de ser considerado por muitos educadores como uma importante ferramenta pedagógica, o RPG ainda é visto por algumas pessoas como um jogo perigoso que estimula os praticantes a fugirem da realidade.

Embora o RPG possua diversos temas (medievais, históricos, futuristas, etc) os jogos mais conhecidos são ambientados em cenários de terror. Vampiro, Lobisomem e Daemon são os mais famosos.

O pouco conhecimento sobre o jogo, somado a matérias divulgadas pela imprensa que relatam alguns crimes que teriam sido supostamente cometidos por influência do RPG, contribuem para a idéia de que o jogo é violento e perigoso.


Entre os crimes mais comentados está o assassinato de 3 pessoas da mesma família no Espírito Santo. Segundo a polícia local os crimes foram cometidos por jogadores de RPG que cumpriam uma etapa de uma partida. De acordo com o depoimento dos jovens que cometeram o crime, Mayderson de Vargas Mendes (21 anos) e Ronald Ribeiro Rodrigues (22 anos), o assassinato teria sido um acordo entre eles e uma das vítimas, Tiago Guedes, jogador de RPG. Na partida o personagem que perdesse seria assassinado juntamente com sua família. Porém, a ligação com o RPG não foi comprovada.

Mudar a imagem negativa do Role Playing Game, sem dúvida, é essencial para que o jogo ganhe espaço nas escolas brasileiras.


Encontros e feiras

Encontros de jogadores de RPG são comuns. Alguns mensais, outros anuais ou realizados esporadicamente eles são conhecidos nacional e até internacionalmente.

Na verdade são mais que encontros são eventos bem organizados e bem divulgados por sites, revistas e redes sociais especializadas em RPG. Um dos eventos mais conhecidos é o “RPG no BOB’s”, encontro que reúne mensalmente jogadores, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. A entrada é gratuita, e a disputa por mesas é grande, por isso é necessário que cada mestre cadastre seu grupo antecipadamente pelo site dos organizadores, o que evidencia a organização e a seriedade com que o RPG é tratado pelos jogadores.

Domingo RPG - encontro que acontece mensalmente na biblioteca Monteiro Lobato em São Paulo; I World RPG Fest - realizado em Curitiba; Point do RPG – realizado no Rio de Janeiro mensalmente; Manaus Game festival ; Mascarenhas Mix 2010 – realizado em MG, são exemplos de eventos nacionais com grande público que além de mesas de RPG promovem outros jogos, exposições de livros e revistas,etc.

23 de abr. de 2010

Roleplaying Game e a busca por conhecimento

A sociedade atual passa por constantes transformações. A forma como se comunica é uma delas. Desde a era da Revolução Industrial, tudo passou a ser massificado, e com a informação não foi diferente.

A internet é uma grande ferramenta de comunicação. Quando bem utilizada, ela pode levar o internauta a conhecer “mundos” pelos quais ele não poderia ter oportunidade de visitar algum dia.

O professor tem a função de ensinar e guiar o aluno, e pode ou não utilizar alternativas para alcançar seu objetivo. Ele pode instigar o estudante a aprimorar seu conhecimento, buscando mais informações em outros meios.

O RPG é um meio alternativo de ensino que facilita o trabalho do professor nessa importante tarefa educacional. Por meio da participação e colaboração dos alunos e a adaptação do Roleplaying Game, pode haver trocas de experiências como também a curiosidade individual de aprender mais.